18/08/2007


Almas tratantes do século 20. Por Molotov


Uma brasa de guerra civil espanhola ascende nesse meu coração povoado por vasos de pólvoras ligados a uma artéria de sangue inocente percorrendo de forma pulsante dentro desse meu corpo nascido no século XX, poesias frias das brigadas internacionais. E eu que tanto desejei que essa minha alma já morta e cansada de esperar por intelectuais e anarquistas que assim como eu rejeito seus próprios medos a fim de cometer o desapego ao real das ocorrências até então vividas à odiar Francisco franco. Soam ranços da paz do ódio, e dos vômitos das catástrofes que aqui se celebram. Crime de estado sacodem necessidade. (Se não isso, meu amor, me mostrem outras virtudes).
Mais tardar seis milhões de pessoas fecham os olhos em campus de concentração (O trabalho liberta, meu amor. Ouço vozes.)
Cúmplices. Fardados. Militantes. E sangue, e sangue, e chuva de sangue.
Ouçamos os gemidos da segunda guerra mundial e gozemos sobre botões de bombas nucleares capazes de matar sem vezes a humanidade existente rios de pétalas.
(Se não isso) Recomecemos agora. Saldando tochas por liberdade. (Pela água que molha essa semente, o pulsar Black block), recomecemos.
Se não isso, então, meus amores... apontem todos os gatilhos do mundo para esse meu coração impuro e vândalo cansado de não saber amar.
Usurpem minha alma. Mas não deixem de me converter à luz. A luz... o clarão... a não aceitação. Tratantes.
Mas há no final do túnel um clarão. Meu ângulo, meu corpo, minha visão.
Aguardando que não seja a explosão final. Pela esperança propicia de que a brasa da guerra civil espanhola ascenda nesse meu coração povoado por vasos de pólvora ligados a uma artéria de sangue inocente as poesias frias das brigadas internacionais, que espera pelas tochas do bloco negro. Se não isso meu amor, não ouço mais vozes.

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